3 de fevereiro de 2010

Mais um exemplo de reconversão bem sucedida do patrimônio da Lapa: Estação Ciência (tombada pelo Condephat e Conpresp_





A Estação Ciência ganhou esse nome por ocupar parte de um conjunto de edificações ao lado da ferrovia. Ali, vagões de trem chegavam nas plataformas, até hoje existentes, para carregar e dar escoamento, por exemplo, à produção da pioneira fábrica têxtil, no começo do século passado. Constitui-se, portanto, num patrimônio de valor inestimável. É bom lembrar que os movimentos de cidadania têm tido muitas dificuldades em convencer o poder público da importância da preservação do patrimônio da cidade de São Paulo, como bem se pode perceber nos embates recentes entre o Conpresp e a Câmara de Vereadores no processo de revisão do PDE - Plano Diretor Estratégico de São Paulo e dos PREs - Planos Regionais Estratégicos das Subprefeituras, cuja alterações, segundo especialistas, favorecem a especulação imobiliária. Em 2007, a Estação Ciência comemorou seu vigésimo ano de funcionamento, com uma história de pioneirismo, criatividade e sucesso na divulgação da ciência e da tecnologia de forma lúdica e diversificada para todos os tipos de público. Hoje, já são mais de 400 mil visitantes por ano em suas exposições e atividades. A Estação Ciência tem sido uma parceira importante para semear a consciência da preservação ambiental e a importância da ética para com o futuro do nosso planeta e das futuras gerações que nele viverão. O Mover tem, ao lado de tantas outras entidades da sociedade civil, alertado para a importância, neste momento delicado por que passa a Terra, de lutarmos por bairros e cidades saudáveis e sustentáveis, que garantam qualidade de vida aos seus moradores e respeitem o meio ambiente e a capacidade de suporte do planeta. Por ocasião do aniversário da Estação Ciência e das comemorações do aniversário da Lapa (417 anos), em outubro de 2007, o Mover presenteou a Estação com uma maquete do edifício da própria Estação, feita por Silvio Tambalo ("Talim"), artesão e artista plástico da nossa comunidade, 75 anos, morador do bairro Sicialiano, integrante do movimento e que muito tem ajudado na preservação da memória da Lapa e região.









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