24 de março de 2010

Cidades - o mundo que construímos - especial TV Cultura em 28 de março, domingo, às 22h00

(texto da página da TV Cultura)

Motivada pela realização no Rio de Janeiro, de 22 a 26 de março, do Fórum Urbano Mundial, promovido pelo UN-Habitat, da ONU, a TV Cultura produziu o documentário especial Cidades – o mundo que construímos – dia 28 de março, domingo, às 22h00.

Os primeiros núcleos urbanos do mundo surgiram quatro milênios a.C. na Mesopotâmia, atual território do Iraque. Há três anos, a população urbana mundial superou a que vive no campo. Nos anos 1950, o mundo tinha 86 cidades com mais de um milhão de habitantes – agora já são 400, sendo 15 no Brasil. Nesse ranking, segundo o UN-Habitat, a área metropolitana de Tóquio está em primeiro lugar (35,6 milhões de habitantes), seguindo-se Cidade do México (19,1 milhões), Nova York (19 milhões), Mumbai (18,8 milhões) e São Paulo (18,5 milhões de pessoas).

O programa especial, com uma hora de duração, mostrará as conseqüências dessa evolução. O medo da insegurança é uma delas, o que tem levado cada vez mais gente a se refugiar em condomínios e substituir a praça pública pelo shopping center. E com isto, perdem-se os laços de afeição com o lugar.

A falta de transporte público gera não só congestionamentos em grandes concentrações como São Paulo, mas também em Brasília, uma cidade projetada para conviver com o carro. O trânsito ruim irrita os motoristas, mas seu impacto na saúde pública é maior: há que se considerar ainda a poluição do ar, “democrática”, afetando a todos.

Um fenômeno crescente nas grandes cidades do País é a verticalização de alguns bairros e, paradoxalmente, a dispersão de atividades, residências e população para regiões ao redor, criando “vazios” que desperdiçam tempo e infraestrutura. Por outro lado, por falta de lugar adequado, São Paulo “exporta” seu lixo para cidades vizinhas.

Cidades – o mundo que construímos também mostra que, entre todas as desigualdades existentes nas cidades, destaca-se a do gênero. A mulher é o elo fraco, em especial a mulher da periferia. Não raras vezes, ela assume o papel de chefe da família, tendo que sobreviver com a baixa renda de trabalhos informais, morando em habitações precárias em locais sem saneamento, longe de serviços públicos como postos de saúde para os filhos.

O que fazer? As saídas que os entrevistados apontam são uma maior participação da sociedade na discussão de seus problemas, no exercício plena da cidadania, e a adoção de políticas públicas baseadas no desenvolvimento sustentável, englobando crescimento econômico, justiça social e proteção ambiental. Foram ouvidos, entre outros, o economista Ignacy Sachs, da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris; o arquiteto Nestor Goulart Reis Filho, da FAU-USP e o ambientalista prof. Sabetai Calderoni, consultor da ONU.

O jornalista Júlio Moreno, autor do livro “O futuro das Cidades” (SENAC-SP), dirige o programa. Alexandre Handfest é o editor; Andresa Boni fez as reportagens em São Paulo; Laila Dawa, a apresentadora; e Mayana Leocádio, a coordenadora de produção.

O Mover e o Nal Vila Romana foram entrevistados e imagens da Vila Romana foram feitas - não deixem de assistir!!

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